Sim, acabamos de passar pelo 7 de setembro e pelos 199 anos do “descolamento” do Brasil de Portugal e, nós, da UNEF, quase podemos apostar que você não tem conhecimento sobre algumas preciosidades que envolveram os bastidores da nossa independência. Acertamos?
Por exemplo, você tinha noção de que a Independência do Brasil não teria sido possível sem a interferência da Maçonaria? Mas foi exatamente isso que aconteceu. Desde o século XVIII já existiam maçons no Brasil e não foram poucos os que se envolveram em movimentos políticos contra a Coroa Portuguesa (um exemplo foi a Inconfidência Mineira).
Em 17 de junho de 1822 – quando a reação brasileira às pretensões das cortes portuguesas já estava em seu auge – foi criada a organização maçônica Grande Oriente Brasílico (separada do Grande Oriente Lusitano, que já tinha lojas maçônicas no Brasil). Em 2 de agosto de 1822, D. Pedro I foi iniciado em uma das lojas tipicamente brasileiras, chamada “Comércio e Artes”,adotando o codinome de Guatimozin.
Enfim, os articuladores da Independência eram maçons e faziam parte do Grande Oriente Brasílico. Entre os principais integrantes estavam José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira, que foram os responsáveis por convencer D. Pedro a aderir de vez à causa da Independência.
Mais uma curiosidade?
Vamos lá...
Lááá nas suas aulas de História, você já ouviu falar sobre o “Dia do Fico”, certo? Muito bem, desde o fim do ano de 1821, Pedro I passou a receber – de forma reiterada – ultimatos das cortes portuguesas para voltar a Portugal. E o então Príncipe Regente quaaasee voltou mesmo, viu? Só não o fez porque foi convencido a permanecer no país. De que forma? Por meio de uma mobilização organizada pelo grupo de maçons que já mencionamos.
Para encerrar, um fato pitoresco e engraçadinho (só para nós que estamos lendo, né?): na ocasião da ruptura definitiva entre Brasil e Portugal, Pedro I estava em visita à Província de São
Paulo. Em 5 de setembro, ele decidiu voltar para o Rio de Janeiro. No entanto, certamente em função de mudanças na alimentação, o Príncipe Regente passou a sofrer recorrentes crises de disenteria. E foi exatamente neste cenário – digamos – escatológico, bastante desconfortável, que, em 7 de setembro, ele bradou o famoso “Independência ou Morte!”.
Diz aí...Você conhecia essas particularidades pitorescas do dia em que nos vimos separados de Portugal?
[Fonte: Brasil Escola]