24 de março: hoje, o mundo registra em seu calendário o esforço da Ciência e da Medicina para o combate de uma doença que já matou muitos no planeta, desde tempos muito antigos, a tuberculose.
Moléstia infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, a tuberculose afeta – especialmente – os pulmões, apesar de agir em outros órgãos e/ou sistemas.
A enfermidade – que não carrega consigo bandeira, uniforme ou pátria –acompanha o homem desde tempos remotos. Dizem os especialistas que a doença esteja presente na Humanidade, talvez, desde a época em que nossos antepassados ainda estavam passando à condição de bípedes.
A Ciência também dispõe de evidências da tuberculose em ossos humanos pré-históricos, encontrados na Alemanha, e datados de 8.000 antes de Cristo.
O estudo do esqueleto de egípcios que viveram 2.500 anos a.C. também já revelou indícios de tuberculose em suas colunas vertebrais e ossos.
Pois bem, trata-se de uma doença bastante antiga, que já matou – em épocas nas quais ainda não se dispunha de medicamentos para a cura – milhares e milhares, mundo afora.
Hoje, felizmente, a tuberculose conta com terapêutica de reversão do quadro.
Mas, no Brasil, a doença ainda representa um sério problema de saúde pública, com profundas raízes sociais. A epidemia do HIV e a presença de bacilos resistentes tornam o cenário ainda mais difícil. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.
Os sintomas da tuberculose pulmonar (a forma mais frequente) são: tosse seca ou produtiva, febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga.
O diagnóstico é feito por meio de exames bacteriológicos (baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e cultura para micobactéria) e de imagem, a título de investigação complementar (radiografia de tórax).
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos.
O tratamento – que corresponde a uso dos fármacos rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol – dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO).
A recomendação é que o (a) paciente com tuberculose faça o tratamento até o final. Hoje, felizmente, a doença tem cura!
[Fonte: saude.gov.br]