E eis que o coração começa a bater em descompasso. Mas não é no sentido figurado por alguma emoção sentida.
O batimento acontece, realmente, de forma irregular. A sensação é a de que “faltou uma batida”.
Eis o quadro de arritmia.
Também conhecido como palpitação, na maioria das vezes, o distúrbio do ritmo cardíaco ocorre ocasionalmente, ou seja, o fato não tem consequências.
No entanto, em alguns outros casos, vale prestar atenção, o incômodo pode ser sinal de um problema mais grave.
O ritmo das batidas de um coração normal, descansado, é de 60 a 100 por minuto. Os átrios (as duas câmaras menores do coração) contraem-se simultaneamente e o mesmo acontece, logo em seguida, com os ventrículos (as duas câmaras maiores). É este mecanismo que resulta na tal “batida dupla” característica do coração. Exercícios ou estresse emocional podem aumentar o ritmo cardíaco para até 200 ou mais pulsações, mas, em pessoas que têm coração sadio, quando a demanda de esforço volta ao normal, o ritmo cardíaco também se restabelece rapidamente.
Deve-se prestar maior atenção é quando a arritmia se instala por um período maior de tempo. É que nesta situação, o coração pode bater demasiado lento (bradicardia) ou demasiado rápido (taquicardia).
No caso da taquicardia, se o ritmo cardíaco acelerado tornar-se constante, pode levar à falência cardíaca congestiva.
É bom saber, também, que – muitas vezes – arritmias graves são decorrentes de infartos do miocárdio.
Enfim, para anotar e não esquecer: contribuem para o quadro de arritmia cafeína, fumo, álcool e outras drogas estimulantes (legais ou ilícitas). Tudo isso pode desencadear os batimentos extras tanto nos átrios quanto nos ventrículos.
E para encerrar, vale deixar a orientação: palpitações acompanhadas de compressão (ou aperto) no peito ou de perda de consciência são eventos graves. Diante de qualquer dos sintomas elencados, a recomendação é procurar socorro imediatamente.
[Fonte: drauziovarella.uol.com.br]