Trata-se – segundo a Organização Mundial da Saúde – da dependência de um indivíduo em álcool, ou seja, o uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas, que pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis.

O dependente de álcool, além de prejudicar a própria vida, termina por afetar a sua própria família, amigos e colegas de trabalho.

Mas e abuso de álcool? É o mesmo que alcoolismo?

Não. O abuso de álcool não inclui uma vontade incontrolável de beber, nem perda de controle, nem dependência física. E– segundo especialistas que tratam do problema – em relação ao alcoolismo, o abuso de álcool tem menos chances de incluir tolerância (ou seja, não existe a necessidade de aumentar a quantidade de álcool para sentir os mesmos efeitos anteriores).

O alcoolismo, também conhecido como “síndrome da dependência do álcool”, é uma doença que se desenvolve após o uso repetido de álcool, tipicamente associado a sintomas como: compulsão (necessidade forte ou desejo incontrolável de beber), dificuldade de controlar o consumo (não conseguir parar de beber depois de ter começado), sintomas de abstinência física (como náusea, suor, tremores e ansiedade, quando se para de beber) e registro de tolerância (quando há a necessidade de doses cada vez maiores de álcool para atingir o mesmo efeito obtido com doses que, antes, eram menores).

O diagnóstico de alcoolismo passa por perguntas que, em geral, outras pessoas fazem ao doente, com certa frequência. E que perguntas são essas? Podemos elencar algumas: “você já pensou que deveria diminuir seu consumo de álcool?”; “Alguém já te criticou por causa da bebida?”; “Você já se sentiu mal ou culpado por beber?”; “Você já acordou e a primeira coisa que fez foi beber para se sentir bem?”. 

Basta apenas um "sim" para sugerir a existência do problema. E, em qualquer dos casos, é importante ir ao médico psiquiatra para que um diagnóstico preciso seja realizado.

Alcoolismo é uma doença tratável, porém, infelizmente, ainda não tem cura.

Isso significa que, ainda que um (a) dependente de álcool fique sóbrio (a) por muito tempo, ele (a) é totalmente vulnerável a recaídas.

É por isso que, quando a pessoa apresenta o problema, deve evitar qualquer tipo de bebida alcoólica, em qualquer quantidade.

Diminuir o consumo pode até minorar – ou retardar – os problemas, mas não é suficiente. O único jeito de fazer com que a recuperação do (a) alcoólatra seja bem-sucedida é adotar a abstinência.

[Fonte: www.minhavida.com.br]